O amor existe para nos fazer compreender uns aos outros e também para nos aproximar. O amor e o ódio são um tipo de relação. Dizem que é apenas um passo do amor para o ódio. E eu devo dizer que tenho de o verificar. Aconteceu-me a mim. Só aconteceu uma vez, mas foi uma altura muito difícil. Lembro-me de quando me apaixonei pelo meu companheiro. Quando ele se apaixonou por mim, passámos momentos muito bons e pensei que não podia melhorar. Passados cerca de dois anos, descobri que o meu companheiro tinha começado a trair-me e tinha os olhos postos noutras mulheres.
Não conseguia acreditar como é que o meu companheiro me podia trair quando estava sempre a dizer que me amava verdadeiramente e que nunca me deixaria. Ou dizia-me que nunca me faria nada de mal. Por isso, perguntei ao meu companheiro sobre o assunto. Então ele começou a gritar que eu estava com ciúmes e furioso. Não percebo porque estou furiosa quando estou apenas a defender-me de que estou a trair e ele está a trair-me. Não gostei mesmo nada disto e estava a ser mal-educada e indelicada. Foi assim que ele descobriu e, desde então, temos discutido todos os dias. No final, tivemos de nos separar.
E deixem-me que vos diga, foi mesmo uma porcaria. Foi a pior separação que já tive, provavelmente. Foi tão incompreensível, foi tão mau, que depois começámos a gozar um com o outro. Eu sei que devia ter-me afastado e ficado calada e não ter feito barulho, mas infelizmente não aguentei. Ele bateu-me com uma pedra e eu bati-lhe duas vezes. Foi um período muito difícil e desafiante. E passados cerca de seis meses, envergonhei-me disso. Aqui mostra-se que o amor pode ter consequências muito trágicas.